INTRODUÇÃO
Neste pequeno trabalho de Introdução a Filosofia, particularmente neste capitulo da Lógica em que tratarei basicamente deste tema. Para além de falar da sua origem e o seu conceito, também veremos lógica Aristotélica e a sua divisão, sem deixar de lado os novos domínios da lógica.
A metodologia usada para concretização deste trabalho foi a pesquisa bibliografia de várias literaturas desposava que falam da lógica, e que estão citados na bibliografia todas as literaturas que consultei para a realização deste trabalho.
- CONCEITO DA LÓGICA
A Lógica etimologicamente vem do grego clássica logos, que significa palavra “pensar, expressão, discurso, ideia, argumento, relato, razão lógica ou princípios lógicos” e é uma ciência de índole matemático e fortemente ligado a filosofia. Uma rápida pesquisa em diversas manuais e dicionários encontramos diversas definições de vários pontos de vistas como por exemplo:
- Para Liard a lógica é a ciência das formas do pensamento;
- Para L. Hegermberg lógica é a linguagem que estrutura as linguagens descritivas.
-Para Gofredo Telles Junior Lógica é a ciência de argumentação e descrição de operações de raciocinar; e
-Para Jackes Maritain Lógica é a arte que dirige o período, acto da razão, isto é, que nos permite chegar com ordem facilmente e sem erro, ao próprio acto da razão.
Perante estas definições, podemos concluir que a lógica é a disciplina que trata as formas do pensamento da linguagem descritiva do pensamento, das leis de argumentação e raciocino corrente dos métodos e dos princípios que regem o pensamento.
Na filosofia a lógica é uma disciplina propedêutica, é o vestíbulo da própria filosofia, o instrumento que vai permitir o caminho a verdade. Já que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade, é preciso estabelecer algumas regras para que essa meta possa ser atingida.
Assim a lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correcto, portanto um instrumento de pensar. Segundo Da Costa (1994:256) Lógica é a designação para o estudo de sistemas prescritos de raciocínio, ou seja, sistemas que definem como se deveria pensar para não errar, usando a razão, dedutivamente e indutivamente.
O principio organizada da lógica clássica foi posta pela primeira vez por Aristóteles, com a sua obra chamada Organon, que passou a si designar por Lógica Aristotélica (o sistema lógico desenvolvido por ele a quem se deve o primeiro estudo do raciocínio), o fundador da lógica (Aristóteles) dividiu a lógica em formal e material:
-Lógica Formal ou Lógica Simbólica – preocupa-se basicamente, com a estrutura do raciocínio; lida com a relação entre conceitos e fornece um meio de compor provas de declaração. Na Lógica Formal os conceitos são rigorosamente definidos, e as orações são transformadas em notações simbólicas precisas, compactas e não ambíguas.
-Lógica Material – trata-se de aplicação de operações do pensamento segundo a matéria ou natureza do objecto a conhecer. Neste caso à lógica é a própria metodologia de cada ciência. É somente campo da lógica material que se fala da verdade; o argumento é valido quando as premissas são verdadeiras e se relacionam adequadamente a conclusão.
- LINGUAGEM, PENSAMENTO E DISCURSO
A lógica estuda as condições do pensamento valido, isto é, do pensamento e discurso que procuram alcançar a verdade, apesar de ver um estreita ligação entre elas. Assim o pensamento sendo a consciência ou a inteligência saindo de si para ir colhendo, reunindo, recolhendo os dados fornecidos pela experiências, percepção, imaginação, memoria, linguagem e voltando para si, para considera-los. O pensamento exprime nossa existência como seres racionais e capazes de conhecimentos abstracto e intelectual e sobretudo manifestar sua capacidade para dar a si mesmo leis, regras e princípios para alcançar a verdade de alguma coisa.
O termo discurso é usado na filosofia para significar uma operação intelectual que se processa por uma serie de operações elementares a sucessivas, encadeando-se numa sequência ordenada dos antecedentes, procurando chegar a determinadas conclusões. O discurso tem uma ligação forte com a lógica, visto que é considerada a ciência reflexiva. Contudo, a maioria dos linguistas parece concordar que o discurso é, em primeiro lugar, um acontecimento de linguagem, uma actualização da língua na palavra, materializada no acto da fala e num ato de comunicação linguística e o discurso segundo DUBOIS (1973) designa todo enunciado superior a frase.
- LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
A linguagem sendo um sistema de signos artificiais e convencionais destinadas a comunicação; ou seja significa intenções, ideias sentimentos ou coisa que pode se dizer com justa razão que a linguagem é um instrumento ideal das intencionalidades ideal do homem. Por sua vez comunicação é qualquer situação de interacção entre os seres humanos, evocando imediatamente a simples conversação, o diálogo, ao discurso, o debate, os enunciados discursivos nas diversas situações diárias. A comunicação é o resultado de três elementos fundamentais: uma fonte (o ser humano, um animal ou uma maquina) que emite uma mensagem (uma frase, um gesto, um filme) em direcção a um alvo (um interlocutor, um espectador, ou outro).
- AS DIMENSÕES DO DISCURSO HUMANO
O discurso humano é constituído por diversas dimensões onde destacarei as seguintes:
a) Dimensão Sintáctica é o plano ou grau de todo o conjunto dos meios que nos permite organizar os enunciados, afectar a cada palavra uma função e marcar as relações que se estabelecem entre as palavras sem por em causa a ordem das palavras.
b) Dimensão Semântica trata das relações dos signos (as palavras e frases) com os seus significados e destes com as realidades que dizem respeito. No domínio da semântica podemos considerar a semântica lexical (significação de palavras), semântica da frase (significado da palavra/contexto) e a semântica do discurso (frase e enunciado).
c) Dimensão Pragmática o estudo do uso das preposições; a linguagem procura ter em conta a adaptação das expressões simbólicas aos contextos referencial, situacional, de acção interpessoal. A pragmática procura o sentido nos sistemas de signos, considerando sempre o contexto.
Não se pode isolar as três dimensões de discurso, pois, por exemplo; a sintaxe preocupa-se com a forma gramatical da linguagem; a semântica coloca o problema do significado das palavras e frases e a pragmática preocupa-se com o uso da linguagem num dado contexto.
- OS NOVOS DOMÍNIOS DA LÓGICA E SUAS IMPLICAÇÕES
A lógica é extensivamente usada em áreas como inteligência artificial e ciências de computação; desde década 50 e 60, pesquisadores previam que quando o conhecimento humano pudesse ser expresso usando a lógica como a capacidade de pensar, ou seja, inteligência artificial. Com a introdução da programação lógica como uma tentativa de fazer computadores usarem raciocínio lógico e a linguagem de programação surge novos domínios da lógica.
a) Informática
Criado por Philippe Dreyfus, em 1962 e introduziu oficialmente a informática como a ciência do tratamento racional, por maquinas automáticas da informação considerada como suporte dos acontecimentos e das comunicações nos domínios técnicos, económicos e social.
A banalização dos computadores pessoais, que transforma a sociedade da informática numa cultura de comunicação, frutos que colhemos actualmente é de facto, algumas das suas implicações.
b) Cibernética
Platão usou o termo para designar a “arte” de pilotar navios mais a teoria cibernética (1958) posta por matemático Norte-Americano Norbert Wiener que passo a ser ciência da comunicação e do controlo de homens e as maquinas. Com o fruto do seu trabalho, deste movimento surge o primeiro computador da nossa era que se desenvolveu a posterior robotização.
c) Inteligência Artificial
É o domínio relativamente recente que começa com o desenvolvimento dos computadores que oferece enorme possibilidade de armazenamento e processamento de informação a altas velocidades. A inteligência encontra sua fonte de inspiração na inteligência natural dos seres humanos.
- PRINCIPIOS DA RAZÃO
A razão esta estreitamente ligado com a lógica, visto que a razão sendo a capacidade intelectual para pensar e exprimir-se correcto e claramente ou então é uma maneira de organizar a realidade pela qual esta se torna compreensível.
A razão obedece os seguintes princípios:
· Principio de Não –Contradição – afirma que uma coisa ou uma ideia da qual uma coisa é afirmada é negada ao mesmo tempo e na mesma relação são coisas ou ideias que se negam a si mesmas (P é P e não é possível que, no mesmo tempo e na mesma relação seja não P).
· Principio do Terceiro Excluído - define a decisão de uma dilema “ ou isto ou aquilo”- no qual as duas alternativas são possíveis; cuja solução exige que apenas uma delas seja verdadeira (P é ou não X ou é Y e não há terceira possibilidade).
· Princípio da Razão Suficiente – afirma que tudo que existe e tudo o que acontece têm uma razão para existir ou para acontecer, e que tal razão pode ser conhecida pela nossa razão. (“Dado P, necessariamente se dará Q”. E também “Dado Q necessariamente houve P”).
CONCLUSÃO
A lógica sendo a disciplina filosófica que cuida das regras de bem pensar ou do pensar correcto; foi fundado por Aristóteles com a sua obra Organon. A divisão da lógica é muito vasta e complexa, mais filosofia propõe a lógica formal e a lógica material.
Há elementos básicos que são necessários para a compreensão da lógica que estão resumidamente tratados neste trabalho, tal como a linguagem, comunicação, discurso e o pensamento que estão associado com sua definição. Contudo, a lógica trata das dimensões do discurso humano onde se focaliza as dimensões sintácticas, semântica e a pragmática e que estão extremamente ligados entre si; e por fim aquistão de domino das tecnologias na comunicação actual.
BIBILIOGRAFIA
1. AZEVEDO, Filho. Noções da Lógica e Métodos de prova. 1ª Edição, Scotts Valley: Create Space, 2000. 148p.
2. BRENNAN, Andrew et al. Logica. 1ª Edição. Artmed. 2007, 224p.
3. DA COSTA, Newton. Ensaio sobre os Fundamentos da Lógica. 2ª Edição. Hucitec. 1994, 256p.
4. COPI, Irving M. Introdução a Lógica. Mestre Jou. 2ª Edição 1978, 488p.
5. CHAMBISSE, E. et la. A Emergência do Filosofar – 11ª e 12ª Classes. 1ª Edição. Maputo: Moçambique Editora Lda, 2003